Escrever sobre Orixas é extremamente facil, quando buscamos e pesquisamos as literaturas disponiveis, porem torna-se dificil quando tentamos conciliar Orixa com a doutrina Cristã.

Aonde se encaixam todos os Orixas que a Umbanda vem  cultuando, e não são apenas as sete linhas e sim em torno de 12 Orixas.

Poderiamos nos valer do sincrestismo para justificar e encaixar este quebra cabeça.

A Umbanda é uma religião puramente Cristã, isso mesmo irmãos, genuinamente Cristã. 

Não foi por acaso que o seu inicio teve como palco um Centro Espirita Kardeccista, que era na época a religião espirita puramente Cristã.

Se a Umbanda fosse um ramo do Candomblé ou uma religião afro, porque a manisfetação do caboclo das sete Encruzilhadas não ocorreu em um terreiro de Candomblé e sim em um Centro Espirita.

Estranho, confuso, porem temos que concordar que seria muito mais facil criar uma nova religião afro a partir de uma religião afro e não ao contrario como foi realizado.

No primeiro culto realizado em Niteroi pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, a determinação era de que a Umbanda seguiria o Evangelho de Jesus Cristo na pratica do amor e da caridade.

Eis irmãos que algum tempo se passou e hoje vemos a Umbanda dividida sobre diversas correntes. Porem temos que ter no mínimo, a consciencia de reconhecer a Umbanda como uma religião brasileira, espirita ou espiritualista,  baseada unicamente nos Evangelhos de Cristo. 

Com este relato colocamos a nossa opinião sobre orixas.

Orixa seria um espirito altamente evoluido e iluminado, mantenedores das energias vitais que atuam sobre nossas cabeças. Seriam os espiritos que mantem em funcionamento todo fluxo da energia necessaria para o equilibrio em nosso sistema. Isto significa que eles atuam desde a natureza até em nossas vidas privadas.

Esta definição pode ser comparada a diversas mitologias antigas, como a greco-romana, que tambem possuiam os seus semi-deuses.

Obs.: estarei atualizando esta tabela relacionando tambem as mitologias egipicias, celta  e sumericas.

A inserção desta tabela foi para alertar de que estamos entrando em um ciclo vicioso de culto a divindades e semi-deuses acreditando que estes conduzem as nossas vidas e muitas vezes atribuindo a eles a responsabilidade sobre nossos desvio de caracter, como por exemplo atribuir a filhos de ogum sempre o carater agressivo, como se espiritos altamente evoluidos tivessem estes desvios.

Muitos umbandistas alegam que os orixas da Umbanda não são os mesmos orixas do candomblé. No entanto definimos as suas caracteristicas exatamente iguais.

O uso do caximbo deixa a boca torta. Nós introduzimos o conceito de orixa na Umbanda e tentamos diferencia-los dos orixas do Candomblé. 

Em pesquisas realizadas na internet,  li artigos em que dizia ser Jesus  Cristo um filho de Oxala e Nossa Senhora uma filha de Oxun, e isto é extremamente grave quando dito ou escrito por um Umbandista, pois demonstra claramente  que de 1908 até hoje, nós estamos regredindo, entranto em parafuso, renegando aos conceitos cristãos e aceitando a influência de ordens religiosas não Cristã. Ser ecléticos sim, porem não podemos aceitar a alterações ou influências que deturpem a origem de nossa querida Umbanda.

Não queremos de forma alguma, desmerecer o culto dos Orixas, porem acreditamos que a Umbanda possui em seu teor mais profundo, a manifestação de irmãos espirituais que em vida, pelo amor e conduta exemplar, conquistaram o direito e a luz necessaria para trabalharem dentro da corrente espiritual de Umbanda.

Neste caso podemos vizualizar diferentes linhas de trabalho, como baianos, boiadeiros, marinheiros, crianças, caboclos, pretos velhos, exus, ciganos e tantos outros.

Contudo precisamos identificar quem são estes irmãos espirituais que se manifestam. Muitos foram os nossos antepassados que por méritos retornam em uma linha de trabalho para  ajudar na caminhada de seus descendentes .

Estes, para nós do  Centro Espirita de Umbanda Luz Fraterna, são os nossos Orixas, a eles devemos todo nosso respeito e culto. Aqueles que em vida e agora em espirito  foram e são a mola mestre de nossa formação.

A todos os nossos antepassados e amigos iluminados e Santificados, não pelo poder do homem mas pelo poder Divino, dedicamos este artigo.